É um conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição, consumo,
poupança e crédito, organizados sob a forma de autogestão.
Em outras palavras, é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é
preciso para viver sem explorar os outros e principalmente sem destruir o meio ambiente,
cooperando e fortalecendo o grupo.
A
Economia Solidária vem se apresentando nos últimos anos, como uma alternativa
inovadora de geração de trabalho e renda, sendo assim, uma resposta a favor da
inclusão social. Compreende-se também, por diversas práticas econômicas e
sociais organizadas sob a forma de cooperativas, associações, clubes de trocas,
empresas autogestionárias, redes de cooperação que realizam atividades de
produção de bens, prestações de serviços, finanças solidárias, trocas, comércio
justo e consumo solidário.
Sendo
assim, é claro que o artesanato não poderia ficar de fora dessa, pois se encaixa perfeitamente
em boa parte desses segmentos.
Captando esta ideia, a Economia Solidária possui as seguintes características:
Cooperação: Existência de interesses e objetivos comuns, a união dos
esforços e capacidades, a propriedade coletiva de bens, a partilha dos
resultados e a responsabilidade solidária. Envolve diversos tipos de organização
coletiva como empresas autogestionárias ou recuperadas (assumida por
trabalhadores); associações comunitárias de produção; redes de produção,
comercialização e consumo; grupos informais produtivos de segmentos específicos
(mulheres, jovens etc.); clubes de trocas. Na maioria dos casos, essas
organizações coletivas agregam um conjunto grande de atividades individuais e
familiares.
Autogestão: Os participantes das organizações, exercitam as práticas
participativas de autogestão dos processos de trabalho, das definições
estratégicas e cotidianas dos empreendimentos, da direção e coordenação das
ações nos seus diversos graus e interesses. Os apoios externos, de
assistência técnica e gerencial, de capacitação e assessoria, não devem substituir
nem impedir o protagonismo dos verdadeiros sujeitos da ação.
Dimensão
Econômica: é uma das bases de motivação da agregação de
esforços e recursos pessoais e de outras organizações para produção,
beneficiamento, crédito, comercialização e consumo. Envolve o conjunto de
elementos de viabilidade econômica, permeados por critérios de eficácia e
efetividade, ao lado dos aspectos culturais, ambientais e sociais.
Solidariedade: O caráter de solidariedade nos empreendimentos é expresso em diferentes
dimensões, como na justa distribuição dos resultados alcançados; nas
oportunidades que levam ao desenvolvimento de capacidades e da melhoria das
condições de vida dos participantes; no compromisso com um meio ambiente
saudável; nas relações que se estabelecem com a comunidade local; na
participação ativa nos processos de desenvolvimento sustentável de base
territorial, regional e nacional; nas relações com os outros movimentos sociais
e populares de caráter emancipatório; na preocupação com o bem-estar dos
trabalhadores e consumidores; e no respeito aos direitos dos trabalhadores.
A Economia Solidária ganhou força no Brasil com o apoio de instituições e
entidades a iniciativas associativas comunitárias, e com a constituição de
cooperativas populares, feiras de cooperativismo e redes de produção e
comercialização. Em 2003, foi criado o Fórum Brasileiro de Economia Solidária
(FBES) e hoje há fóruns locais e regionais para debater e promover o assunto. A
atividade ganhou também o apoio de governos municipais e estaduais, o que levou
a um aumento no número de programas de economia solidária, como bancos do povo,
centros populares de comercialização e projetos de capacitação.
ArteArtê Com informações do Portal MTE
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